quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Quando o palhaço erra o malabarismo

O mundo todo, e todo mundo, todos, nas minhas costas.
Era algo que costumava me agradar, gostava de me sentir útil, e esse parecia o modo mais fácil.
Era muita informação sendo jogada, minha função era nada mais, nada menos, do que balancea-las. Fazer um malabarismo continuo, tornando tudo suportável, a todos.
Por muito tempo, fiz isso tranquilamente e com uma perfeição fria.
Certo dia, dia chuvoso de neblina gelada, tudo caiu. Assim, de repente, sem mais nem menos: perdi a base que me sustentava. Um pequeno deslize, e o meu mundo era o que precisava ser segurado.
Mas quem iria segurá-lo? Sentia-me só. Por um momento, olhei ao redor, procurando um canto para me apoiar...
Me apoiei em falso e cai, mas não cheguei a sentir a queda. Uma pessoa surgiu e me segurou no ar.
Me colocou de pé, e continuou me segurando até que eu retomasse meu equilíbrio.
Segurou meu mundo. Um amigo.

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