domingo, 4 de dezembro de 2011

O primeiro ano do final de nossas vidas..

Colégio São Domingos é assim.

Desde pequenos, as criancinhas bochechudas são estimuladas a falar. Crescem mais um pouco, e logo estão comentando sobre o mundo. Um pouquinho mais e formando opinião, um tantinho depois, e fundamentando seus argumentos. Mais um pouco, e... "Se formando?! Nossa, crescem rápido..!".

Um segundo lar, onde todos se conhecem.

Os professores, quando se é pequeno, são como seus tios legais. Quando se é grande, aquele seu amigo confessionário e conselheiro de todo momento.. Em meio a esse universo de relações fantasiosas mas reais demais, os alunos acabam por aprender, e muito.

Alunos pequenos são falantes, criativos e as coisas mais fofas do mundo. Os mais velhos, do Fundamental I, hiperativos e talentos em potencial. Os pré-adolescentes, pequenos metidinhos e complexados, que ainda hão de se ajeitar. Os do Ensino Médio se acham os adultos prodígio, todos vagaiszinhos e mestres das desculpas.. Mal sabem eles, ou sabem até demais, que a vida é muito mais do que aquilo que se vive no colégio.

Quando, na vida real, teremos tamanha abertura ao diálogo? Quando teremos tão ampla teia de perfis, tão harmonicamente bem uns com os outros? Quando, na vida real, não utopicamente falando, vamos poder realizar nossos planos, sonhos e objetivos?

Nessa variedade de pessoas, mundos. Incertezas de um mundinho aparentemente restrito. Assim é, assim foi e assim será.

E assim, dessa grande mistura, formou-se ela.
E assim, nessa grande mistura, ela cresceu.

Metódica, perfeccionista e competitiva por um lado, alma vagabunda, mente criativa e vibe livre por outro. Sentimentos a flor da pele em um corpo de um quase adulto, com uma mente de quase, ainda, criança.. Linda, linda. Cabelo leve e sem igual, e a risada mais calorosa e aconchegante do mundo. Naquele mundo ela era, certamente, a mais atrasada. Única.

E que falta fará..

Tudo o que podemos desejá-la, é sorte, porque seu futuro é grandioso, e lhe espera (atrasada, novamente?).

O primeiro dia do restante de nossas vidas, e as portas daqui estarão sempre abertas à você. Se não estiverem, você tem a chave.

- Obrigada por fazer esse ano valer tanto a pena.
Ainda provaremos cientificamente nossa doença..
Beijo grande no coração,

Luísa Helena